ECOSSISTEMAS EMPREENDEDORES E POLÍTICAS PÚBLICAS NA REDUÇÃO DAS INIQUIDADES REGIONAIS, RACIAIS E DE GÊNERO NO BRASIL
Resumo
O artigo analisa como os ecossistemas empreendedores podem contribuir para a redução das desigualdades regionais, raciais e de gênero no Brasil. Argumenta-se que essas desigualdades não se limitam ao aspecto socioeconômico, mas são estruturais e atravessam território, raça e gênero. Enquanto regiões centrais dispõem de infraestrutura, crédito e redes consolidadas, áreas periféricas enfrentam restrições persistentes, perpetuando ciclos de exclusão. Além disso, empreendedores negros e mulheres encontram maiores barreiras de acesso a financiamento e reconhecimento devido ao racismo estrutural e ao sexismo. Com base em autores como Isenberg e Stam, o texto destaca a importância das políticas públicas como indutoras de ecossistemas inclusivos e sustentáveis. Enfatiza-se a relevância da economia solidária, proposta por Paul Singer, como alternativa capaz de fortalecer populações vulneráveis por meio da autogestão e de práticas coletivas. Conclui-se que o empreendedorismo não é neutro, mas atravessado por dinâmicas de poder, exigindo políticas públicas territorializadas e interseccionais para promover desenvolvimento equitativo.
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