DIREITO À CIDADE, GÊNERO E SMART CITIES: AS CIDADES BRASILEIRAS SÃO REALMENTE INTELIGENTES PARA AS MULHERES?
Resumo
O objetivo do artigo é propor uma reflexão teórica sobre o desenvolvimento das cidades, atrelando os conceitos de gênero, direito à cidade e cidades inteligentes com perspectivas plurais, a fim de questionar se as cidades brasileiras são realmente inteligentes para as mulheres. Buscou-se, através do método de estudos bibliográficos com abordagem descritiva-exploratória, apontamentos sobre as dificuldades urbanas que as permeiam ao longo de sua vivência. Os ambientes urbanos foram formulados sob ótica masculina, favorecendo homens em detrimento das mulheres no processo de produção do ambiente, entretanto, enfatiza-se que a produção e reprodução da urbe é constante, e a luta por direito à cidade e representatividade podem guiar as sociedades para um modelo de gestão pautadas na justiça, igualdade e qualidade de vida para todos os citadinos. Dentre os principais fatores que prejudicam o pleno usufruto do direito à cidade das mulheres, destaca-se a mobilidade, iluminação pública, violência e medo, escassez de serviços e equipamentos públicos, arborização densa, desigualdade econômico-social, zoneamento e moradia. Comparativamente a planejamentos urbanos já focados na perspectiva de reduzir as desigualdades, como a cidade de Viena, observa-se que ainda há um longo trajeto a ser percorrido no Brasil para alcançar o patamar de cidade inteligente, principalmente no que se refere à sua população feminina.
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